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Suspeitos de negociatas no BNI presentes ao Ministério Público



A rede de indivíduos que tentava, de forma fraudulenta, negociar uma operação de financiamento internacional de 50 mil milhões de dólares,  propostos por uma empresa tailandesa e destinada a projectos em Angola é apresentada hoje ao Ministério Público.

O Serviço de Investigação Criminal (SIC) deteve sábado, numa das unidades hoteleiras de Luanda, Raveeroj Rithchoteanan, de 50 anos, Pracha Kanyaprasit, de 35 anos, ambos de nacionalidade tailandesa, Isaac Million, eritreu de 27 anos, e os nacionais Christian Âlbano de Lemos, 49 anos, 1° Subchefe da Polícia Nacional, colocado no Departamento de Intercâmbio e Cooperação, e Celeste Marcelino de Brito António, sócia da empresa “Celeste de Brito, Lda”. De acordo com uma fonte,  foram ainda detidos Miss Monthita Pribwai, esposa de Raveeroj Rithchoteanan, e Therra Suapeng, de 29 anos, também de nacionalidade tailandesa. 
A fonte avança ainda que todos foram indiciados na prática dos crimes de falsificação de documentos, burla por defraudação e associação de malfeitores. Os indivíduos negociavam uma operação de financiamento em nome do Banco de Negócios Internacional (BNI). A informação chegou ao conhecimento público através das redes sociais e o BNI, cumprindo as boas práticas internacionais nos domínios da prevenção de branqueamento de capitais e do financiamento ao terrorismo (Complience de AML) remeteu a operação para as autoridades competentes. 
O Banco Nacional de Angola tem, nos últimos tempos, insistido na necessidade de os bancos conhecerem os seus clientes, numa altura em que ele próprio está a trabalhar para consolidar o processo de adequação do sistema financeiro e bancário nacional às normas e padrões das instituições financeiras internacionais e intensificar o controlo efectivo dos meios de pagamento, o restabelecimento das relações da banca nacional com os bancos correspondentes e para efectivar a reestruturação e saneamento dos bancos com insuficiências estruturais de liquidez. Além disso, as autoridades reforçaram o papel da Unidade de Informação Financeira, por sua importância na prevenção e combate ao branqueamento de capitais e eventual financiamento ao terrorismo.
 A partir de 1 de Fevereiro, os bancos comerciais angolanos passaram a estar obrigados a adoptar “mecanismos rigorosos” de registo das operações cambiais para o exterior, especialmente de Pessoas Politicamente Expostas (PEP).